A espantosa conclusão, expressa em entrevista coletiva da Polícia Civil do Paraná foi de que não houve crime de ódio ou por motivação política, em verdadeiro malabarismo narrativo justificador do injustificável.
Para as eleições deste ano de 2022, o percurso até o encerramento do processo eleitoral há um temerário tensionamento, conforme dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral.
Muito embora as alterações legislativas sejam sempre uma tônica constante que antecedem a disputa eleitoral, certo é que especialmente neste ano o debate de teses jurídicas divide protagonismo com uma preocupação latente na defesa da democracia, do estado democrático de direito, da justiça eleitoral, das urnas eletrônicas, do combate às Fake News e contra a prática de violência política.
Desde que vieram à tona as denúncias de prática de assédios sexual e moral no âmbito da Caixa Econômica Federal, envolvendo seu ex-presidente, Pedro Guimarães, e outros altos executivos da empresa pública, muito já se escreveu sobre o tema, a partir de múltiplas perspectivas distintas.
Embora cada poder da República goste de bradar a independência que possui em relação aos demais, historicamente o Poder Judiciário tem decidido sobre diversas questões que dizem respeito ao processo legislativo brasileiro, com especial destaque para as comissões parlamentares de inquérito (CPIs), de tal modo que já existe uma jurisprudência consolidada no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF)
Enquanto pesquisas divulgam a liderança consolidada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida à presidência da República, Jair Bolsonaro segue alimentando as especulações, em falas públicas e atos, sobre possibilidades de tentativas de golpe, com o não reconhecimento do resultado das eleições caso saia derrotado.
O Supremo Tribunal Federal, na pessoa do ministro relator Roberto Barroso, em 03/06/2021, deferiu liminar para “suspender pelo prazo de seis meses medidas administrativas ou judiciais que resultem em despejos, desocupações, remoções forçadas ou reintegrações de posse.
Os terríveis assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira, no Vale do Javari, chocaram o Brasil de várias formas e por várias razões. São fatos que escancaram uma política de destruição, desmatamento, extermínio de populações originárias e de ativistas de direitos humanos