"Nos mecanismos de autodefesa da democracia a maior urgência é o combate às informações falsas que distorcem o processo de formação da opinião pública. "
Em artigo intitulado “Senador, respeite a vida das mulheres!”, publicado originalmente no jornal O Povo, a mestre em filosofia Ecila Moreira de Meneses, advogada membro da Executiva Nacional da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia manifesta apoio ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, “que demonstrou firmeza em defender a vida, o diálogo, a ciência, as crianças, as mulheres
A pretensão desse texto não está em perpetuar a tradição de criticos e analistas por nenhuma outra razão senão porque após longos quatro e tenebrosos anos de retrocesso e destruição, em que pese o pouco tempo do novo governo, termos avanços a comemorar.
“Aos pedaços” estará no livro Os Últimos Réus, continuação de Entre Salas e Celas – Dor e Esperança nas Crônicas de um Juiz Criminal (Autonomia Literária, 2018).
O genocídio é um dos mais terríveis crimes já experimentados pela humanidade. Diz respeito ao extermínio deliberado de um povo. Apesar de casos de crueldade similares serem conhecidos desde a era Antiga, foi o jurista polonês Raphael Lemkin que, antes mesmo do fim da segunda guerra mundial, utilizou o termo para descrever o nível de barbaridade a que judeus estavam sendo submetidos por nazistas.
A história da República brasileira, que em 2022 completou 133 anos, foi acidentada. Sua formação e seu percurso se deram com o protagonismo, por vezes violento e opressor, do Exército brasileiro: na República Velha, no fim da era Vargas, na Quarta República e, finalmente, com a Ditadura Militar de 1964 a 1985.
Em artigo recente, um colega professor desenvolveu enredo, na prática defendendo que os atos golpistas realizados em frente a quartéis do país, clamando por ação militar forçada para reverter politicamente aquilo que o voto não foi capaz de contemplar, são legítimos e constitucionais.
A primeira reação é de rir. Porque o absurdo, em regra, se apresenta como comédia. O que vemos nas ruas do Brasil pós 30 de outubro de 2022 poderia ser cenicamente enquadrado no gênero do Teatro do Absurdo: um enredo deslocado do senso de realidade, textos desconexos, personagens com comportamentos estranhos e bizarros.