No momento em que o mundo constata o fracasso da operação dos Estados Unidos no Afeganistão que, a pretexto de combater o terrorismo e o eixo do mal, produziu 20 anos de miséria, morte e destruição, no Brasil, a Câmara dos Deputados discute se é hora de armar o país com uma lei “antiterrorismo” e ajudar o mundo a se tornar um lugar mais seguro.
Paulo Freire não era só um educador, o que já seria muito. Não há adjetivos para qualificar Paulo Freire. Educadores somos nós, milhares e milhares de professoras e professores que tentam, em salas de aula ou fora dela, discutir saberes com alunas e alunos.
Passado o 7 de setembro e o fracasso retumbante das manifestações golpistas convocadas pelo presidente da República, a tônica no Brasil parece ser, aos poucos, virar a página da gravidade dos fatos, como se episódios irrelevantes ou mesmo quase nada tivesse acontecido.
A gravidade do atual momento de crise política, econômica, sanitária e socioambiental, agravada pela deflagração da pandemia do Covid-19 no Brasil, provocará novas formas de reorganização das relações humanas e sociais.
A crise político-institucional brasileira assumiu contornos dramáticos a partir da assunção de Jair Bolsonaro à presidência da República, em 2019. Desde então, o país – que já experimentava os efeitos nefastos da deposição farsesca da presidenta Dilma Rousseff, em 2016.
Na antessala de um dos julgamentos mais importantes para os povos originários do Brasil, com início marcado para hoje, acreditamos na coerência e na coesão político-jurídica do Supremo Tribunal Federal, entendendo que não abandonaria os povos indígenas em momento tão crítico da política indigenista em âmbito nacional.
O Brasil todo assiste ao desespero do presidente Jair Bolsonaro diante das pesquisas de opinião pública que lhe atribuem aumento progressivo de rejeição e provável derrota nas eleições presidenciais de 2022.
Após mais um dia de afrontas grosseiras de Jair Bolsonaro ao Ministro Luiz Roberto Barroso e, como tal, extensivas ao demais integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mesmo a todo o Poder Judiciário, o Presidente da Corte respondeu com ressequida radicalidade.