A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia - Núcleo Paraná (ABJD-PR) vem a público expressar sua profunda indignação com as declarações machistas proferidas pelo desembargador Luis Cesar Espindola durante julgamento recente, amplamente noticiadas pela imprensa.
As falas do desembargador são um flagrante exemplo de como o machismo institucional está entranhado no Poder Judiciário, refletindo um sistema patriarcal que desqualifica e rebaixa as mulheres. Comportamentos como esses são absolutamente intoleráveis e contradizem os princípios fundamentais que deveriam orientar a magistratura: respeito, igualdade e justiça.
Reiteramos que não é a primeira vez que o desembargador Espindola se envolve em episódios de misoginia e discriminação. Situações anteriores já demonstraram um padrão de conduta que desonra sua posição e diminui a confiança da sociedade no sistema judiciário. Suas atitudes não apenas desrespeitam as mulheres, mas também comprometem a integridade da Justiça.
A ABJD Paraná acredita que o Judiciário deve ser um símbolo de igualdade e justiça, livre de preconceitos e discriminações. Exigimos que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tome medidas rigorosas para investigar e sancionar de forma exemplar essas condutas, garantindo que indivíduos com histórico de machismo e misoginia sejam removidos de posições de poder, onde podem perpetuar danos irreparáveis.
Repudiamos as declarações do desembargador Luis Cesar Espindola e reafirmamos nosso compromisso com a luta contra o machismo e todas as formas de discriminação.
Permaneceremos atentos e ativos na defesa dos direitos das mulheres e na construção de um Judiciário mais justo e igualitário.
Associação Brasileira de Juristas pela Democracia - Núcleo Paraná