No dia internacional dos Povos Indígenas, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) participou do ato em Defesa dos Territórios e das Vidas Indígenas que aconteceu em 9 de agosto, na Faculdade de Direito da USP.
A jurista Simone Mendes (ABJD-SP), que representou a entidade no evento, falou em defesa dos povos indígenas e contra a tese do marco temporal. “Diante da dramática situação vivida pelos indígenas na atualidade, vítimas do genocídio promovido por Bolsonaro, a ABJD reafirma sua presença em ações de combate à escalada de violência praticada contra esses povos, à sistemática supressão de seus direitos, bem como defende a imprescindível derrubada da tese do marco temporal, a ser apreciada pelo STF”.
Simone lembrou que os indígenas vivenciam o resultado das ações de um governo que, para muito além do descaso, age de forma direta, atroz e estarrecedora, objetivando destruir um grupo étnico, mediante condutas que se enquadram na tipificação de genocídio, já denunciado no Tribunal Penal Internacional de Haia.
“A decisão do STF (sobre o marco temporal) é aguardada com expectativa por milhares de indígenas e se traduz na sobrevivência e vida digna de mais de 300 comunidades, proteção ao meio ambiente, cultura e preservação do planeta”, concluiu.
A participação foi realizada a convite da Articulação dos Povos Indígenas (APIB) e da Comissão Guarani Yvyrupá devido ao comprometimento da entidade com a luta pela terra, pela justiça, pela vida e pela democracia.