ABJD convida para os atos em defesa da democracia e do sistema eleitoral nas universidades brasileiras

09/08/2022

ABJD convida para os atos em defesa da democracia e do sistema eleitoral nas universidades brasileiras



Acesse aqui a Carta em Defesa da Democracia da Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral


  Nesta quinta-feira (11), data simbólica da fundação dos cursos jurídicos no Brasil, o país será palco de manifestações pela democracia, em defesa do sistema eleitoral e contra a violência política. A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) se soma às mobilizações e convida todos e todas a participarem dos atos de rua e nas universidades brasileiras.


Durante os eventos serão realizadas as leituras das cartas em defesa da democracia, entre elas a que foi elaborada pela Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, grupo do qual a ABJD faz parte, e que reforça estar alerta e a postos para defender o País de qualquer tentativa de golpe contra a democracia e a soberania popular.


“A normalidade democrática formal é fundamental para que o Brasil retome o combate contra a destruição do Estado social e de enfrentamentos às diversas formas de discriminação, segregação e exclusão. As eleições nacionais de 2022 devem ser marcadas pela paz e pelo livre exercício democrático, com a garantia do respeito à vontade popular manifestada nas urnas, com nosso evoluído sistema de votação e de apuração de votos, que é respeitado em todo o mundo e motivo de orgulho”, ressaltam.


As manifestações demonstram o apoio à iniciativa que irá ocorrer na Faculdade de Direito da USP, também no dia 11,  quando será lida a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”. O documento, que já ultrapassou a marca de 800 mil assinaturas, é uma resposta às ameaças golpistas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e nasceu a partir de um grupo de ex-alunos da Faculdade de Direito da USP que pretendia homenagear os 45 anos da "Carta aos Brasileiros", lida na mesma instituição, no Largo de São Francisco, em 1977.



Leia a Carta da Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral



Carta à sociedade brasileira

EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DA SOBERANIA POPULAR


A sociedade sempre acaba vencendo, mesmo ante a

inércia ou o antagonismo do Estado.

Ulysses Guimarães – 5 de outubro de 1988


O processo de redemocratização do Brasil, após 21 anos de ditadura militar, possui pouco menos de quatro décadas. A normalidade democrática foi restabelecida em nosso País com o custo de muitas vidas, sofrimentos, privações e lutas. A soberania popular, noção que se repete em todas as Constituições brasileiras desde 1934, de que “todo o poder emana do povo”, é a crença de que a autoridade mais alta – a autoridade soberana – a é o conjunto de pessoas que constituem a própria sociedade política.


Neste dia 11 de agosto, data simbólica da fundação dos cursos jurídicos no Brasil, a COALIZÃO PARA A DEFESA DO SISTEMA ELEITORAL, que reúne mais de 200 entidades e coletivos sociais,

manifesta-se uma vez mais em favor da legitimidade do poder político. É uma alegria saber que cartas com igual intencionalidade estão sendo lidas em diversas faculdades de Direito do Brasil.


Assistimos, na atual quadra histórica, ataques periódicos, reiterados e sistemáticos ao sistema eleitoral brasileiro, dirigindo-lhe críticas infundadas, dúvidas e afirmações desprovidas de respaldo técnico e racional, que servem a um único propósito: o de gerar instabilidade institucional, disseminando a desconfiança da população brasileira e do mundo acerca da correção e regularidade das eleições brasileiras a serem realizadas em outubro próximo.


Desacreditar o próprio país como nação democrática coloca em xeque a segurança jurídica em momento especialmente delicado. Hoje, a tranquilidade e a isenção de ânimos são essenciais para que o processo eleitoral transcorra sem sobressaltos ou mesmo atos de violência, necessidade que se atrela não apenas à vida democrática e institucional do povo brasileiro, mas igualmente à sua imagem e reputação no cenário internacional. Além disso, a segurança jurídica é condição primeira para a construção de um clima de confiança, no qual o desenvolvimento social, econômico e político do País

possa ser retomado.


A normalidade democrática formal é fundamental para que o Brasil retome o combate contra a destruição do Estado social e de enfrentamentos às diversas formas de discriminação, segregação e exclusão.


As eleições nacionais de 2022 devem ser marcadas pela paz e pelo livre exercício democrático, com a garantia do respeito à vontade popular manifestada nas urnas, com nosso evoluído sistema de votação e de apuração de votos, que é respeitado em todo o mundo e motivo de orgulho. Esse sistema, que funciona por via das urnas eletrônicas desde o ano de 1996, em todas as eleições realizadas entrega seus resultados dentro da mais ampla transparência e lisura.


A sociedade brasileira não aceita a condição de refém de chantagens e ameaças de ruptura institucional e manifesta repúdio aos ataques que as instituições da justiça eleitoral vêm sofrendo de forma reiterada e sistemática.

As entidades que subscrevem esta Carta externam sua plena confiança no processo eleitoral brasileiro, ao tempo em que manifestam seu compromisso inabalável com as instituições e as regras basilares do Estado Democrático de Direito.


Estamos alertas e a postos para defender nosso País de qualquer tentativa de golpe contra a democracia e a soberania popular.


Brasil, 11 de agosto de 2022.




ABJD convida para os atos em defesa da democracia e do sistema eleitoral nas universidades brasileiras

Escolha a ABJD mais próxima de você

TO BA SE PE AL RN CE PI MA AP PA RR AM AC RO MT MS GO PR SC RS SP MG RJ ES DF PB