24/07/2019
ABJD na luta contra a criminalização dos movimentos sociais
Nesta quarta-feira, 24/07, completa um mês da prisão de quatro lideranças do movimento de moradia em São Paulo, dentre elas a Preta Ferreira e seu irmão Sidney Ferreira. A acusação é de extorsão por cobrança de uma taxa de moradores em condomínios ocupados do centro de São Paulo, no entanto, o processo desconsidera que essas contribuições são decididas em assembleias de moradores, registradas em cartório e comprovadas por recibos.
O fato demonstra mais uma ação das forças do estado com o objetivo de criminalizar os movimentos sociais e retirar direitos e garantias constitucionais. A defesa de Preta não teve acesso completo ao inquérito que a levou para a prisão e, no último dia 10, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liminar que pedia a libertação dos presos.
Diante da gravidade dos fatos, a ABJD, desde o primeiro momento, tem se colocado ao lado dos movimentos populares, demais juristas e atores na busca por soluções e ações que visam denunciar as arbitrariedades.
A associada Érica Meirelles tem acompanhado de perto o caso da Preta e demais ativistas e conta que está sendo preparado um ato contra a criminalização dos movimentos sociais previsto para acontecer no final de agosto. "É fundamental que façamos frente ao ataque contra direitos fundamentais mínimos, como a ampla defesa e o contraditório, que têm sido negados aos lutadores e lutadoras dos movimentos sociais", ressaltou.