ABJD participa do lançamento do manifesto de economistas pela democracia e contra a barbárie

24/06/2022

ABJD participa do lançamento do manifesto de economistas pela democracia e contra a barbárie


Representada pelo jurista Pedro Brandão, da Coordenação Executiva Nacional, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) marcou presença no lançamento do manifesto contra o desmonte da economia nacional, pela democracia e contra a barbárie, realizado pela Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED) nesta quinta, 23, na Câmara dos Deputados.


No documento, mais de 1.300 profissionais alertam que a política econômica do governo de Jair Bolsonaro aprofundou a regressão da estrutura produtiva do país e apontam caminhos para a retomada do desenvolvimento.


Em sua fala, Brandão apontou que a tarefa central dessa geração é pensar uma economia que respeite os povos tradicionais, a ecologia e a territorialidade dessas comunidades. “Sabemos que esses territórios são considerados entraves à expansão da lógica capitalista”, disse. Outro ponto destacado é a necessidade de acabar com teto de gastos e as políticas liberais que foram implementadas desde o golpe de 2016. “É preciso vencer o bolsonarismo e toda a política liberal. As altas taxas de desemprego combinadas com a precarização brutal do mundo do trabalho é um projeto claro do aguçamento do conflito entre capital e trabalho. A austeridade liberal é um projeto que tenta disciplinar a classe trabalhadora, mas a classe trabalhadora não vai aceitar”, concluiu.


Manifesto


Desvalorização do salário mínimo, precarização das relações trabalhistas, redução dos investimentos públicos, fragilização dos programas de transferência de renda e abandono das políticas públicas. Esses são os legados do governo Jair Bolsonaro para a economia do Brasil.

 

“O Brasil está mergulhado em uma crise profunda, com múltiplas dimensões. Na economia, trata-se de uma estagnação sem precedentes em nossa história, um inegável retrocesso. Temos um processo inflacionário que impõe pesadas perdas aos mais pobres. O governo de Jair Bolsonaro implantou um projeto autodestrutivo, que aprofundou a regressão de nossa estrutura produtiva, privilegiou ainda mais o rentismo e os grandes interesses financeiros e nos levou às portas da barbárie, que assumiu a forma de desmantelamento do arremedo do Estado Nacional Soberano construído a duras penas. As instituições foram enfraquecidas, os pilares do Estado Democrático de Direito foram ameaçados”, diz trecho do documento.



 

Os signatários defendem, também, a extinção do teto de gastos, a criação de um novo arcabouço fiscal para que o governo federal volte ao papel de principal impulsionador do crescimento e apontam que o atual cenário econômico somente será revertido com a construção de sólido programa de investimentos em infraestrutura econômica, urbana e social, com destaque para iniciativas que reduzam desigualdades sociais e regionais, por isso, manifestam apoio à chapa Lula-Alckmin nas eleições gerais de outubro. Por fim, ressaltam a necessidade de que sejam eleitos governadores, senadores e deputados federais e estaduais alinhados com a defesa permanente da democracia, do Estado de Direito e da Constituição Federal de 1988.


Dentre os nomes que subscrevem o documento estão os ex-ministros da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira e Guido Mantega, os ex-diretores do Fundo Monetário Internacional, Paulo Nogueira Batista Júnior e Otaviano Canuto, e os ex-governadores Renan Filho (AL) e Fernando Pimentel (MG).



ABJD participa do lançamento do manifesto de economistas pela democracia e contra a barbárie

Escolha a ABJD mais próxima de você

TO BA SE PE AL RN CE PI MA AP PA RR AM AC RO MT MS GO PR SC RS SP MG RJ ES DF PB