Trabalhadores enterram corpos em uma vala em Hart Island, no bairro do Bronx, em Nova York. — Foto: AP Photo/John Minchillo
*Por Arnóbio Rocha
A chocante imagem das fossas imensas escavadas e empilhadeiras colocando caixões de centenas de milhares de corpos.
É de se ficar indignado com a pilha de caixões, sem nome, sem despedida, sem cor, sem religião, sem nenhuma dignidade, os sem nomes.
O país mais rico do mundo, o maior império da história, empilha corpos, numa das cidades mais rica do mundo.
Parece óbvio que a riqueza não foi suficiente para dar sabedoria e não prepotência aos senhores do poder.
A decisão de adiar dia a dia as ações fortes reflete o caos, que poderia evitar não fosse a arrogância.
O Brasil tem um presidente que brinca com a morte de 1057 cidadãos, oficialmente, e 20 mil infectados. Sem a ação corajosa de governadores e prefeitos, de todos os partidos, o país estaria entregue.
Mas o Brasil não está livre, o mau exemplo de Bolsonaro, de sair às ruas e desdenhar das ações, acabam prejudicando os governos estaduais e municipais.
Os fãs desse aventureiro o imitam pondo em risco a todas e todos.
Resumo de hoje, 10.04.2020
Total 1.677.256 casos 101.732 mortos
EUA 492.997 (29.3%) 18248 (17.9%)
Espanha 157.113 (9.3%) 15.981 (15.7%)
Itália 147.577 (8.8%) 18849 (18.5%)
É hora de ficar em casa, não de seguir uma loucura.
*Arnóbio Rocha, advogado e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Autor do blog Arnobio Rocha - Reflexões sobre Política, Economia e Cultura (arnobiorocha.com.br).